Agnès Varda

Agnès Varda nasceu em 1928 e vive e trabalha em Paris. Começou a carreira como fotógrafa e trabalhou para o Festival de Avignon e para o Teatro Nacional Popular (TNP). Ainda trabalhando como fotógrafa de reportagens, estreou como diretora de cinema em La Pointe Courte A ponta curta, considerado um filme precursor da Nouvelle Vague. Mas foi com o longa-metragem Cléo de 5 à 7Cléo das 5 às 7, em que uma jovem aguardando o resultado de um exame médico é filmada em tempo real, que Varda ganhou reconhecimento internacional. Em 1964, seu filme Le Bonheur [As duas faces da felicidade] recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim. Viajou em seguida para Los Angeles, onde dirigiu dois curtas e um longa-metragem hippie hollywoodiano (Lions Love [O amor dos leões], 1969). De volta à França, dirigiu documentários, dentre os quais DaguerréotypesDaguerreótipos – um filme sobre os seus vizinhos da rue Daguerre –, L’um chante, l’autre ne chante pasUm canta, o outro não e Sans toit ni loiOs rejeitados, este último ganhador do Leão de Ouro no Festival de Veneza em 1986.

Nos anos 1990, Agnès Varda dirigiu uma trilogia sobre o diretor Jacques Demy (1931-90), com quem havia se casado em 1962. Essa trilogia é composta por um longa-metragem de ficção sobre a infância de Demy, Jacquot de Nantes (1990) e dois documentários: L’univers de Jacques Demy [O universo de Jacques Demy] e Les demoiselles ont eu 25 ansAs garotas românticas fizeram 25 anos. Entre 1999 e 2002, Agnès Varda acompanhou vários catadores na cidade e no campo, dirigindo o documentário Les glaneurs et la glaneuse Os catadores e eu, que recebeu inúmeros prêmios internacionais.

Depois desse filme, dirigiu cerca de 15 curtas-metragens e começou a se aventurar no mundo das videoinstalações. Varda realizou sua primeira exposição, Patatutopia, na Bienal de Veneza de 2003, entre outros lugares, e expôs ainda oito instalações na Fundação Cartier (L’île et elle [A ilha e ela], 2006). Em 2007, assinou a concepção e a realização da exposição Hommage à la Nation et aux Justes de France, no Panthéon, uma cerimônia de homenagem aos “Justos da França”, franceses que durante a Segunda Guerra Mundial protegeram judeus. Em 2009, recebeu o Cesar Award de melhor documentário por seu filme autobiográfico, Les Plages d’Agnès As praias de Agnès e recebeu a medalha da Légion d’honneur, a mais importante condecoração honorífica francesa.

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