Cristiano Rennó nasceu em 1963, em Belo Horizonte, onde vive e trabalha. Formado em Desenho Industrial pela Fundação Mineira de Arte, também fez aulas com Amilcar de Castro no Núcleo Experimental Guignard durante a década de 1980. Em suas obras, Rennó estabelece relações cromáticas a partir de materiais industriais. Já realizou composições de cor com fotografias, linhas de estopa que se cruzavam nas salas e sacos plásticos, além de ter criado, ainda, um plano pictórico a partir de roupas coloridas penduradas em um varal. De modo geral, o artista dialoga com materiais não tradicionais distribuídos pelos espaços onde intervém. Em Cortina, 2012, transformou o vão central do Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo (CCBB-SP) em um cilindro de cor incandescente ao pendurar, desde o último andar, faixas plásticas vermelhas e amarelas que cascateiam vão abaixo. As faixas estabelecem um grande plano tonal que atravessa a arquitetura e articula efeitos múltiplos, criando um manto cromático que isola o átrio do edifício e irradia uma nova iluminação para os espaços internos do prédio, deflagrando uma intensa experiência sensorial no público que por ali transita.
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