Gerhard Richter nasceu em 1932, em Dresden, na Alemanha. Atualmente, mora na cidade de Colônia. Passou seus primeiros treze anos sob o nazismo e, depois da Segunda Guerra Mundial, viveu durante dezesseis anos sob o comunismo da Alemanha Oriental, até fugir para a Alemanha Ocidental, em 1961, pouco antes da construção do Muro de Berlim. Richter estudou na Kunstakademie, em Dresden, em 1953, e na Staatliche Kunstakademie, em Düsseldorf, de 1961 a 1964. Em 1962, logo após sua primeira exposição de pinturas na Galeria Junge Kunst, em Düsseldorf, abandonou a “arte informal” e fez seus primeiros quadros a partir de fotografias, usando um projetor de slides. Em 1963, Richter coorganizou a exposição satírica e provocadora Leben mit Pop: Eine Demonstration für den kapistalistische Realismus [A vida com o Pop: manifestação para o Realismo capitalista], realizada numa loja de móveis de Düsseldorf. Em 1966, começou a trabalhar nos Farbtafeln [Mapas de cores], que expôs com Sigmar Polke na Galeria H, de Hanôver. De 1968 a 1971, iniciou diversas séries que foram desenvolvidas ao longo de alguns anos, entre as quais Stadtbilder [Paisagens da cidade], Graue Bilder [Quadros cinzentos], Wolken [Nuvens], Landschaften [Paisagens] e Schattenbilder [Quadros de sombra]. Considerado um pintor conceitual, Richter diz querer expressar na arte “a inadequação em relação ao que se espera da pintura”. Em 1969, reviu o material que havia coletado durante os anos 1960 e começou a juntar peças para Atlas, um resumo de suas fotos, recortes e esboços expostos várias vezes a partir de 1969 e mais recentemente no Dia Art Center, em Nova York (1995), na Documenta 10, em Kassel (1997), no Museu d’Art Contemporani de Barcelona (MACBA) (1999) e no Whitechapel Art Gallery, em Londres (2003). Desde o final dos anos 1960, Richter é um dos artistas contemporâneos que mais expõem internacionalmente e sua obra tem tido diversas retrospectivas, inclusive no Moderna Museet, de Estocolmo (1994), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em Madri (1994), no Astrup Fearnley Museet for Moderne Kunst, em Oslo (1999), e no Museum of Modern Art, em Nova York (2002). Richter participou algumas vezes da Documenta de Kassel: Documenta 5 (1972), Documenta 7 (1982), Documenta 8 (1987), Documenta 9 (1992) e Documenta 10 (1997). Em 2007, inaugurou seu projeto de vitrais para o transepto sul da Catedral de Colônia, na Alemanha, composto de 72 cores derivadas da paleta original dos vitrais da Idade Média.
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