Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ, 1937 – Rio de Janeiro, RJ, 1980) tornou-se artista plástico aos 14 anos. Ao longo da vida, fez pinturas, objetos e instalações, como os Núcleos, os Bólides, os Penetráveis, entre tantos outros. Muitas dessas obras precisam da participação do espectador na relação com o objeto ou a instalação, para que façam sentido. São obras de mexer, entrar, tocar, que propõem que no lugar de apenas contemplar a obra, o espectador faça um “exercício de liberdade” ao interagir com o trabalho, mudando, assim, sua percepção da arte. Nos anos 1960, Oiticica conheceu o morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, e tornou-se um dos passistas de sua escola de samba. Em contato com o carnaval, fez seus famosos Parangolés, que são capas coloridas feitas com muitas camadas de tecidos, plásticos e outros materiais. Mas essas obras não devem ficar apenas penduradas na parede. É preciso que sejam vestidas e que a pessoa se movimente para que a obra ganhe vida.
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