Matias Duville nasceu em 1974, em Buenos Aires, Argentina, onde vive e trabalha. Interessado em deslocamentos físico e mental para mudar referências e percepções, Matias Duville se coloca em diferentes situações para entender como ele e o seu trabalho se transformam. Com seus desenhos em carvão, tinta ou com lama, Duville propõe realidades paralelas e discussões sobre a paisagem e o caos. Para ele o ato de desenhar vai além: é estar atento a qualquer acidente ou perda de controle, é autoconhecimento. “Conforto demais não é bom”, afirma o artista que montou um ateliê móvel no Alasca, para criar uma série de desenhos ligados à imaginação, ao atravessamento físico e intelectual da natureza e à memória, e visita frequentemente uma land art que criou no interior da Argentina para entender mutações externas e internas. Sua vida no ateliê está ligada a momentos de acerto e erro, de domínio e perdição. Matias Duville nos recebeu num impressionante espaço desenhado por Adamo Faiden, em Buenos Aires. Mas isso não importa. O desenho é uma janela poderosa e, por isso, quando está criando, ele expande a geografia mental, entrando num estado hipnótico que o leva para as muitas dimensões que ele mesmo elabora. Seu espaço de trabalho é a própria mente.
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