Sonia Andrade nasceu em 1935, no Rio de Janeiro, e foi uma das pioneiras na produção de videoarte no Brasil. Sua primeira obra foi realizada ainda nos anos 1970. A artista agregou à sua trajetória a Arte Correio, o desenho, a fotografia e a instalação. Seus vídeos experimentais usam o corpo no centro da ação, construída na relação direta com a televisão como meio. O interesse pelo ideograma chinês e o trabalho com conjuntos de objetos levaram à criação de uma de suas obras mais importantes, Hydragrammas, um alfabeto imagético cujo processo de produção durou quinze anos (de 1978 a 1993). A obra é um conjunto de cerca de cem objetos e as respectivas reproduções, feitos com materiais coletados e que organizam o vocabulário de formas da arte e da vida cotidiana. Os trabalhos de Sonia já foram apresentados em instituições no Brasil e no exterior, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, o Museu do Louvre, em Paris, o Museu Reina Sofía, em Madri, e o Museum of Modern Art (MoMA), em Nova York. Entre as exposições mais recentes, a Retrospectiva 1974/1993, mostra individual realizada em 2011, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro, e a 32a Bienal de São Paulo, que teve recortes na mostra itinerante Incerteza Viva, realizada no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, em Portugal, em 2017, quando seus trabalhos foram vistos. Ainda neste ano, inaugurou, aos 82 anos, em São Paulo, a exposição Sonia Andrade – Cristais, Pedras e Vídeos.
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