Marcio Doctors é mestre em Estética, pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Nos anos 80 participou do grupo A Moreninha, coletivo de artistas críticos ao circuito. Até a metade dos anos 2000, manteve uma estreita relação com a arte indígena e a arte popular, selecionando obras de importantes artistas, como Nino e Adalton Fernandes, para a Brumado Arte Popular e Antiguidades. Atualmente é curador da Casa Museu Eva Klabin onde desenvolve o projeto Respiração, no qual artistas contemporâneos intervêm junto à coleção clássica da casa-museu.
Foi o curador fundador do Projeto de Arte e Natureza, Espaço de Instalações Permanentes do Museu do Açude, onde, como curador, instaurou, junto com o Projeto HO, a primeira obra pública de caráter permanente de Hélio Oiticica, o Magic Square #5 De Luxe, que hoje se encontra também em outras coleções, como Inhotim. É também curador independente, realizando curadorias e textos para artistas contemporâneos, escreveu textos para Anna Maria Maiolino na Miami Art Central (2006), Lygia Pape na Galeria Galeria Canvas, no Porto (1999), fez a curadoria e texto das exposições, Artur Barrio no CCBB-RJ (1996) e Rui Chafes, no MAM-RJ (2013) dentre outras.
Possui artigos publicados nos principais livros e revistas sobre arte no Brasil e no exterior, como Pedrosa’s Somersault em Mário Pedrosa: Primary Documents, organizado por Glória Ferreira e Paulo Herkenhoff, publicado pelo MoMA em 2015. Em 2002 foi eleito pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM) DEMHIST, como representante para América Latina e Caribe.
Em 2020, dentre outros projetos, participou a convite da curadora, Maria de Fátima Lambert, do projeto De casa para um mundo (15 escritores, 15 artistas, 15 compositores, 5 designers), com publicação e lançamento na Galeria da Biblioteca Municipal Florbela Espanca, Porto, Portugal. Em 2021, participa da publicação Lygia Clark (1920-1988) 100 anos, com o texto Catarse e Lygia Clark: o poder curativo da arte, cujo lançamento se deu junto à exposição da artista na Pinakotheke Cultural, com concepção de Max Perlingeiro, e ainda, do seminário 40 anos sem Mario Pedrosa: democracia e liberdade no Brasil, através da Plataforma Mario Pedrosa Atual e do encontro, por ocasião da abertura da exposição virtual, 3 artistas de Engenho de Dentro, no Museu de Imagens do Inconsciente no Rio de Janeiro (2022).